A primeira morte por suspeita de dengue em 2020, no Centro-Oeste de Minas, é investigada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) em Bom Despacho. A informação foi divulgada no Boletim Epidemiológico da pasta, nesta segunda-feira (17). Pará de Minas registrou 159 casos prováveis da doença em uma semana. 4v3z34
Carmo da Mata e Nova Serrana permanecem cada uma com um caso confirmado de dengue com sinais de alerta, Santo Antônio do Monte tem dois casos da mesma doença. O boletim é feito com base nas cidades que integram a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis.Veja abaixo as diferenças entre dengue grave e dengue com sinais de alarme.
Segundo a SES-MG, os dados do boletim são parciais e estão sujeitos à alteração. No levantamento desta segunda, a pasta considera as informações entre a terceira e a sexta semana do ano, ou seja, entre janeiro e fevereiro.
São José da Varginha 4h513l
São José da Varginha continua como a única cidade da região que está com a incidência muito alta de dengue. No boletim da última semana, o município aparecia entre os cinco primeiros colocados do estado com mais casos prováveis da doença registrados este ano: 105.
Contudo, no boletim desta segunda-feira, a cidade subiu mais uma posição e ocupa o quarto lugar entre as cidades mineiras com mais registros prováveis de dengue e com a taxa de incidência muito alta. São 96 casos entre a terceira e sexta semana do ano, e 136 no somatório final de 2020 até o momento.
Taxa de incidência
A taxa de incidência considera não apenas o número absoluto de casos prováveis (entre suspeitos e sob investigação), mas também a proporcionalidade dos casos em relação ao tamanho da população de um determinado município. São José de Varginha está com a taxa de 1948,4, com uma população de 4.927, conforme a SES-MG.
Casos na região 6y5t42
Formiga, Pará de Minas, Iguatama, Santo Antônio do Monte, Campo Belo, Perdigão e Bom Despacho também aparecem na lista de cidades do estado com mais casos prováveis de dengue, conforme a taxa de incidência.
Pará de Minas foi a cidade da região que mais registrou casos prováveis de dengue em uma semana: foram 159 registros a mais que o boletim da semana ada, ou seja, de 228 para 387 registros. Em Divinópolis, o número quase dobrou: de 23 para 45 casos. A segunda cidade da região com o maior registro de casos em uma semana é Formiga, ando de 189 para 246 casos.
No dia 10 de fevereiro, a Prefeitura de Formiga decretou situação de emergência na saúde por causa do alto índice de infestação do Aedes aegypti. Na data, o Executivo afirmo que a cidade estava com 191 notificações da doença, com base em registros de janeiro a 1º de fevereiro deste ano.
O Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAAa), realizado no mês ado na cidade, apontou um índice de infestação de 6,8%. Para o Ministério da Saúde, o resultado indica risco de surto da doença.
Veja as cidades da região que registraram casos da doença este ano.
Casos de dengue na região em 2020
Cidade | Casos |
Aguanil | 4 |
Araújos | 6 |
Arcos | 6 |
Bambuí | 4 |
Bom Despacho | 107 |
Campo Belo | 446 |
Cana Verde | 3 |
Candeias | 10 |
Carmo da Mata | 5 |
Carmópolis de Minas | 6 |
Cláudio | 5 |
Conceição do Pará | 3 |
Córrego Danta | 1 |
Cristais | 4 |
Divinópolis | 45 |
Dores do Indaiá | 4 |
Estrela do Indaiá | 3 |
Formiga | 246 |
Igaratinga | 3 |
Iguatama | 16 |
Itaguara | 1 |
Itapecerica | 4 |
Itatiaiuçu | 3 |
Itaúna | 2 |
Japaraíba | 2 |
Lagoa da Prata | 26 |
Leandro Ferreira | 2 |
Luz | 4 |
Martinho Campos | 16 |
Nova Serrana | 17 |
Oliveira | 8 |
Onça de Pitangui | 1 |
Pains | 3 |
Pará de Minas | 387 |
a Tempo | 3 |
Pedra do Indaiá | 2 |
Perdigão | 18 |
Pimenta | 9 |
Pitangui | 4 |
Santana do Jacaré | 4 |
Santo Antônio do Amparo | 5 |
Santo Antônio do Monte | 84 |
São Gonçalo do Pará | 2 |
São José da Varginha | 136 |
São Sebastião do Oeste | 2 |
Fonte: SES-MG
As diferenças entre dengue com sinais de alarme e dengue grave 2r5n1q
A SES-MG explicou, através de nota, que as nomenclaturas seguem a conceituação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Diante disso, os casos foram classificados como dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.
Confira abaixo a nota da pasta na íntegra explicando as nomenclaturas.
Sendo assim, de acordo com definição da OMS, um caso suspeito de dengue com sinais de alarme é todo caso de dengue que, no período de defervescência da febre (declínio da febre) apresenta um ou mais dos seguintes sinais de alarme:
- Dor abdominal intensa e contínua, ou dor a palpação do abdômen;
- Vômitos persistentes;
- Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, pericárdico);
- Sangramento de mucosas;
- Letargia ou irritabilidade;
- Hipotensão postural (lipotímia);
- Hepatomegalia maior do que 2 cm;
- Aumento progressivo do hematócrito.
Já um caso suspeito de dengue grave é todo caso de dengue que apresenta um ou mais dos seguintes resultados:
- Choque devido ao extravasamento grave de plasma evidenciado por taquicardia, extremidades frias e tempo de enchimento capilar igual ou maior a três segundos, pulso débil ou indetectável, pressão diferencial convergente ≤ 20 mm Hg; hipotensão arterial em fase tardia, acumulação de líquidos com insuficiência respiratória;
- Sangramento grave, segundo a avaliação do médico (exemplos: hematêmese, melena, metrorragia volumosa, sangramento do sistema nervoso central);
- Comprometimento grave de órgãos tais como: dano hepático importante (AST o ALT>1000), sistema nervoso central (alteração da consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos.
Este ano, foram registrados 13.178 casos prováveis de dengue casos prováveis de dengue até o momento, com 26 municípios com incidência muito alta, 18 com alta incidência, 61 com média incidência, 372 com baixa incidência e 376 municípios sem registro de casos prováveis.
O estado está com 37 notificações de casos da doença com sinais de alarme e oito de dengue grave. Dez óbitos permanecem em investigação, entre eles um caso em Bom Despacho. Contudo, não há confirmação de morte por dengue este ano.
Chikungunya 3r5q6m
No levantamento desta semana, Itaguara, Itaúna, a Tempo e Santo Antônio do Monte permanecem com casos prováveis de chikungunya este ano. a Tempo está com três casos suspeitos, já as outras três cidades estão com um caso cada.
São 287 casos prováveis da doença, sendo quatro em gestantes, registrados no estado até o momento. Uma morte pela doença em 2019 continua em investigação, contudo não houve óbitos este ano em Minas Gerais.
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Santo Antônio do Monte segue com um caso provável registrado da doença, Itaguara tem outro em uma gestante.
No estado são 98 casos registrados, sendo 16 em gestantes nos municípios de: São Geraldo do Baixio (3), Belo Horizonte (2), Montes Claros (2), Governador Valadares (1), Itaguara (1), Ituiutaba (1), Lassance (1), Mirabela (1), os (1), Resplendor (1), Uberaba (1) e Visconde do Rio Branco (1).