Trabalhadores rurais e produtores de queijo artesanais das regiões do Alto Paranaíba e Centro-Oeste de Minas Gerais foram afetados pelas restrições impostas para conter a transmissão do coronavírus. Essa mudança gerou perda nas vendas, acúmulo de peças nas queijarias e demissões de funcionários. 3f5a19
O produtor Alexandre Honorato, de Araxá, que venceu recentemente um concurso internacional de queijos na França, aumentou a produção para 200 peças por dia de queijo após a competição. Mas, as vendas pararam por causa da pandemia. Agora, as prateleiras já estão cheias há três semanas. Por isso, a fabricação e a venda dos queijos maturados, que são mais lucrativos, deixaram de ser prioridade.
“Os queijos maturados a venda zerou. De empório, queijo mais fino, não vende nada. Acredito que nós vamos vender queijos mais novos, um queijo com um valor menor e eu estou destinando um pouco da minha fabricação para queijo de maturação mais longa, o queijo que eu deixo maturar de 6 meses para frente, para tentar vender lá na frente", explicou.
De acordo com o presidente da Associação Mineira dos Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo), João Carlos Leite, por causa essas mudanças no comércio dos queijos, muitas propriedades mudaram a forma de renda para se manterem durante esse período. Ele ainda afirmou que a situação já impacta no preço nas nove regiões produtoras no estado.