A moradora de Divinópolis Daniela Iannimi Duarte, que morou na Argentina por dois anos, precisou reiniciar o esquema vacinal contra a Covid-19, porque no Brasil, a vacina Sputinik, que ela já havia tomado no país vizinho, não é aceita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 1d6q6c

 

Vacina não reconhecida 2m6j1f

 

Daniela é bióloga e contou que tomou duas doses da Sputnik no período em morou na Argentina. Na época de tomar a terceira dose do imunizante, já estava de volta ao Brasil, em Divinópolis, e foi informada no Posto de Saúde Central que deveria reiniciar o esquema de vacinação, pois a Organização Mundial de Saúde (OMS) não reconhece o imunizante no país.

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“Quando eu cheguei na unidade de saúde para tomar a terceira dose da Pfizer, me informaram que eu não poderia tomar, porque faltavam informações. A unidade se recusou e disse que o Ministério a Saúde não reconhece a vacina no Brasil", contou.

 

Além disso, não há nada no Plano Nacional de Operacionalização da Covid-19 (PNI) para casos de pessoas que tomaram o imunizante russo. "A gente tem orientado a iniciar um novo esquema. A gente precisa ter certeza que a vacina teve uma resposta, por isso, a gente orienta que inicie novamente", disse o técnico da central de Imunização em Divinópolis, Tércio de Faria Leão.

Esquema vacinal reiniciado 696w42

 

Sem a vacina, Daniela teve que começar do zero, como se não tivesse tomado nenhum imunizante até agora. A bióloga fez um cadastro novo e conseguiu tomar a vacina da Pfizer. Na prática, ela está imunizada, mas não tem o comprovante de vacinação completo. Será necessário aguardar o tempo das duas doses necessárias para completar o esquema de imunização.

 

“O grande problema é que estou sem um cartão de vacinação completo, tanto brasileiro, quanto argentino, porque eu não tenho a terceira dose da Argentina e estou só com a primeira dose aqui do Brasil”, disse.

 

Estrangeiros no Brasil

Não há dados estatísticos de casos específicos como o da Daniela. Mas com o ar dos anos, o número de refugiados vivendo no país aumentou e essas pessoas já podem ter se vacinado nos locais de origem. Minas Gerais tem registros de mais de 3.600 estrangeiros morando por aqui.

 

Esquema de vacinação 45d4w

 

De acordo com o Município, as vacinas são aplicadas seguindo a recomendação do Ministério da Saúde. Quem iniciou a vacinação no exterior, pode ter o esquema completado com os imunizantes disponíveis no Brasil que são: Pfizer, Astrazeneca, CoronaVac e Janssen.

No entanto, para completar a vacinação, é obrigatório o cartão de vacina físico estrangeiro e não precisa de agendamento. "Hoje, não temos mais agendamentos, é por livre demanda. A pessoa deve apresentar um cartão físico para comprovar que houve dose primária em outro país", disse o técnico da central de Imunização.