Duas novas Rotas Turísticas mineiras estruturadas pelo Sebrae Minas e pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado e Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), vão ser apresentadas na Festuris, em Gramado, entre 7 e 10 de novembro. Estruturadas pelas governanças locais nos últimos meses, as Rotas Turísticas da Canastra e do Queijo do Serro foram desenvolvidas com o propósito de potencializar e fomentar o turismo de experiência associado à produção e a valorização dos produtos locais, atrativos naturais e culturais e buscam se posicionar no mercado, estimulando o fortalecimento do turismo nas regiões. 5v6949

Por meio do programa Check-in Minas, o Sebrae Minas e a Secult vêm estruturando, mapeando e qualificando novos produtos e experiências nas rotas. Com os novos destinos, os visitantes que forem às regiões terão a oportunidade de conhecer o processo de fabricação dos queijos, a produção do Café da Canastra, além de explorar a história, a natureza, a diversidade e as tradições dos territórios.

“O lançamento das Rotas Turísticas do Queijo do Serro e da Canastra em Gramado representa uma conquista para o turismo do nosso estado, em um ano especialmente marcante. Em 2024, o Queijo Minas Artesanal está prestes a receber o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, concedido pela Unesco. Essa honraria promete contribuições ainda mais significativas para nossa gastronomia, turismo e a rica história de mais de 300 anos da produção queijeira de nosso estado. Com o apoio do Governo do Estado, esses novos destinos não apenas contribuirão para atrair investimentos, mas também valorizarão a identidade de origem das regiões, estimulando a geração de emprego e renda”, destaca o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Queijo Canastra

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A Rota do Queijo Canastra vai unir a tradição dos queijos, do café e das paisagens naturais que compõem a Serra da Canastra. Com dois séculos de tradição, o Queijo Canastra teve seu registro de Indicação de Procedência concedido em 2012 pela Associação dos Produtores do Queijo Canastra. Reconhecido como patrimônio imaterial do Brasil, sua produção é valorizada como uma atividade tradicional. Feito a partir de leite cru, o queijo maduro entre 21 e 40 dias, podendo ser encontrado em texturas semiduras ou mais macias. Seu sabor é levemente ácido e picante, agradando a uma ampla variedade de paladares.

Anualmente, mais de 6 mil toneladas são feitas por cerca 800 produtores e vendidas para todo país, inclusive para grandes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O produto é feito nos municípios de São Roque de Minas, Medeiros, Tapiraí, Bambuí, Piumhi, São João Batista do Glória, Vargem Bonita e Delfinópolis, no Centro-Oeste de Minas.

Rota do Queijo Canastra vai unir a tradição dos queijos, do café e das paisagens naturais da Serra da Canastra. Crédito: Divulgação

 

O Sebrae Minas foi responsável pela criação da etiqueta de caseína, que foi a primeira a ser utilizada no Brasil. Este selo permite aos consumidores comprovar a origem e a legitimidade dos queijos produzidos na região.

Cachoeiras vão compor a Rota da Canastra. Crédito: Divulgação

 

A região da Canastra também obteve a Indicação Geográfica do café no ano ado, na modalidade Denominação de Origem. No total, cerca de 1,1 mil agricultores de dez municípios foram beneficiados com a chacela: Medeiros, Bambuí, Doresópolis, Pimenta, Piumhi, Capitólio, São João Batista do Glória, Vargem Bonita, São Roque de Minas e Delfinópolis. A região é responsável por uma produção de 750 mil sacas de 60 quilos por ano. A atividade ocupa uma área de 33 mil hectares plantados.

Por fim, o território também conta com um conjunto de atrações turísticas presentes na rota, como cachoeiras, grutas, trilhas e rica biodiversidade. Um dos destaques é o Parque Nacional da Serra da Canastra, onde nasce o Rio São Francisco, e local favorável para práticas de ecoturismo e esportes de aventura.

Potencial no Serro

Símbolo da culinária mineira, o queijo do Serro carrega mais de 300 anos de tradição em sua produção artesanal, preservada nas práticas cotidianas das fazendas da região. Com uma cadeia produtiva que reúne cerca de 800 pequenos produtores e agricultores familiares, o queijo do Serro tornou-se um produto de grande porte.

Desde 2011, o queijo do Serro possui Indicação Geográfica (IG) na modalidade de Indicação de Procedência (IP), o que garante sua origem e benefícios. Esse reconhecimento deve ser feito ao modo tradicional de produção, que envolve leite cru, pingo, sal e coalho, além de um processo de maturação mínimo de 17 dias.

Queijo do Serro carrega mais de 300 anos de tradição em sua produção artesanal. Crédito: Daniel Moreira

 

Para apoiar e fortalecer essa produção, o Sebrae Minas desenvolve o Projeto de Desenvolvimento Territorial da Região do Serro, denominado ‘Uma Só Região’. Este projeto abrange 11 municípios da microrregião e oferece iniciativas de capacitação para produtores, realização de feiras, criação do selo de Indicação Geográfica e desenvolvimento de experiências turísticas