Os produtores do famoso queijo da Serra da Canastra vivem a expectativa de que uma lei em tramitação no Senado seja aprovada e possa facilitar o comércio de queijos artesanais no país. A proposta ou pela Câmara dos Deputados em março. 3o4l2u
O queijo da Canastra é considerado patrimônio imaterial e cultural brasileiro e envolve mais de 800 produtores distribuídos em sete cidades do Centro-Oeste de Minas e Sul do Estado: Bambuí, Delfinópolis, Medeiros, Piumhi, São Roque de Minas, Vargem Bonita e Tapiraí.
A queijaria da família de Guilherme Henrique da Silva já foi premiada na França, mas não tem permissão para vender seus queijos no Brasil devido à legislação vigente. Ele acredita que a aprovação da lei sobre comércio de queijos artesanais pode ser um o importante para o segmento.
"Nós, que somos pequenos produtores artesanais, não temos uma legislação específica que atenda no dia a dia em conformidade com a produção artesanal", explica Silva.
De acordo com a Associação de Produtores Artesanais da Serra da Canastra, a região produz 6 mil toneladas de queijo por ano, com faturamento anual de R$ 70 milhões. O gerente, Paulo Henrique de Matos Almeida, estima que essa receita pode triplicar caso haja mudanças na atual legislação.
"A gente trabalha não para regularizar o ilegal, mas que a lei seja adequada às realidades da produção agro-artesanal", observa Almeida.