Uma pesquisa do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – divulgada no dia 29 de novembro de 2017, evidencia uma triste realidade: metade dos trabalhadores brasileiros recebem por mês, em média, 15% menos que o salário mínimo. Em contrapartida, o rendimento daqueles que ganham mais é 360 vezes maior do que o dos trabalhadores que têm renda mais baixa. 1d4o3c
O levantamento foi realizado durante o ano de 2016, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio/s Contínua (PNAD). Na época o salário mínimo era de R$880,00. Dos 88,9 milhões de trabalhadores ocupados no ano, 44,4 milhões recebiam, em média, R$747 por mês. O rendimento médio real domiciliar per capita foi de R$1,2 mil por mês em 2016. Nas regiões Norte e Nordeste a média foi de R$772; e na Sudeste, de R$1,5 mil.
O estado de Minas Gerais, de acordo com dados do IBGE, teve em 2017 um rendimento nominal per capita de R$1.224,00 por mês. Das 27 unidades federativas brasileiras, Minas está na 10ª posição, em relação aos melhores salários.
Média Salarial em Arcos – Posição 723ª, quando se considera os 5.570 municípios do Brasil
Em pesquisa realizada pelo Jornal CCO, no site do IBGE, foi observado que entre seis municípios da região, Arcos teve o melhor salário médio mensal recebido pelos trabalhadores formais em 2015 (2,4 salários por mês). Entre as 853 cidades de Minas Gerais, Arcos ficou na 62ª (sexagésima segunda) posição, em referência à média salarial. Quando se considera os 5.570 municípios do Brasil, a posição de Arcos foi 723ª (septingentésima vigésima terceira).
A cidade de Oliveira, que tem um número de habitantes (41.907) aproximado ao de Arcos (39.811), registrou uma média salarial de apenas 1,7 salário por mês em 2015. Lagoa da Prata teve um valor aproximado ao de Arcos, sendo de 2,2 salários. Formiga registrou uma média de 1,9 salário e Bom Despacho, 1,8. Veja no quadro abaixo:
Na época da pesquisa, a proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 33%, o que equivale a 13.259 pessoas. População ocupada, de acordo com o IBGE, são pessoas empregadas, incluindo pessoas que prestam serviços militares obrigatórios e os clérigos [que pertencem à classe eclesiástica]. Também se inclui pessoas que trabalham por conta própria, empregadores e pessoas que exercem trabalho não remunerado – ajudando instituições religiosas, beneficentes e de cooperativismo – aprendiz e estagiários.
Diminuição nos postos de Trabalho em 2017
O cenário para o trabalhador não foi dos melhores em 2017. Em Arcos o ano terminou com saldo negativo de empregos. De acordo com dados do CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados –, foram realizadas 4.051 issões com carteira assinada e 4.200 desligamentos, totalizando um saldo negativo de -149 postos de trabalho. Em 2016 o saldo foi ainda pior, com um registro de 5.104 issões e 5.848 desligamentos, totalizando 744 postos de trabalho.
No Brasil, segundo dados do CAGED, foram registradas em 2017 mais de 14 milhões (14.635.899) issões, com 14.656.731 desligamentos, o que resultou em um saldo negativo de 20.832 vagas de emprego. No ano de 2016 foi registrada uma perda superior a 1 milhão (1.326.558) de empregos e em 2015 o saldo também foi negativo, com -1.534.989 milhões de vagas.
Minas Gerais conseguiu reverter o cenário e fechar o ano de 2017 com saldo positivo. De acordo com notícia do site G1, postada no dia 26 de janeiro, o estado mineiro registrou no ano ado um saldo positivo de 24 mil (24.296) postos de trabalhos formais. Foram 1.671.895 issões durante o ano e 1.647.599 desligamentos.